Na última segunda-feira (23), a Academia Brasileira de Letras (ABL) adicionou a palavra dorama ao dicionário da língua portuguesa, e atribuiu-lhe o seguinte significado: “obra audiovisual de ficção em formato de série, produzida no leste e sudeste da Ásia, de gêneros e temas diversos, em geral, com elenco local e no idioma do país de origem”.
Ocorre que há uma diferença entre os termos Dorama (J-drama), K-drama e C-drama, conforme destacado em matéria recente publicada no N-hub.
K-dramas
Os k-dramas são dramas coreanos. Eles são conhecidos por seus enredos românticos, personagens carismáticos, e trilhas sonoras envolventes. Alguns dos k-dramas mais populares incluem “Crash Landing on You”, “Squid Game”, e “Descendants of the Sun”.
J-dramas
Os j-dramas são dramas japoneses. Eles são conhecidos por suas histórias bem desenvolvidas, personagens complexos, e humor sutil. Alguns dos j-dramas mais populares incluem “Your Lie in April”, “The Great Pretender”, e “Requiem from the Darkness”.
C-dramas
Os c-dramas são dramas chineses. Eles são conhecidos por sua variedade de gêneros, desde históricos até contemporâneos. Alguns dos c-dramas mais populares incluem “The Untamed”, “Goblin”, e “Love O2O”.
A definição não foi bem recebida por fãs dos respectivos Dorama (J-drama), K-drama e C-drama.
Segundo a Associação Brasileira de Coreanos, “é preconceituosa a decisão de generalizar as produções do leste-asiático”. A nota segue dizendo que “não é certo generalizar expressões culturais. Cada produção tem suas características, peculiaridades e um público específico. Generalizar é confundir as peculiaridades. É como falar que toda comida nordestina é comida baiana”.
A ABL ciente da controvérsia tentou justificar a adição da palavra ao dicionário com aquele significado, a partir da perspectiva de que o termo passou a ter uso corrente na língua portuguesa com significado mais amplo do que o adotado originalmente.
Qual sua opinião a respeito dessa controvérsia?