Lançado em 2004, Mulher-Gato (Catwoman), estrelado por Halle Berry, representou a tentativa da Warner Bros. de capitalizar no sucesso de filmes de super-heróis liderados por mulheres, como Elektra. Infelizmente, o filme se tornou um fracasso de crítica e público, considerado um dos piores filmes de super-heróis já feitos.
A trama inconsistente:
Patience Philips (Halle Berry), uma tímida designer gráfica, é assassinada pela misteriosa “Gata”. Ressuscitada por um gato egípcio místico, ela ganha habilidades felinas e se transforma na Mulher-Gato. Buscando vingança contra sua assassina, Patience se envolve em uma trama complexa que envolve a empresa em que trabalhava, diamantes roubados e um relacionamento com o detetive Tom Lone (Benjamin Bratt).
O roteiro do filme é um dos seus maiores problemas. A história é inconsistente, com furos de roteiro e eventos desconexos. A motivação da personagem principal é confusa, oscila entre vingança e justiça, e a relação com o detetive Tom Lone é mal desenvolvida. A trama também apresenta clichês e elementos genéricos, sem oferecer nada de novo ou original.
Aspectos visuais questionáveis:
A direção de Pitof, conhecido por seu estilo visual exagerado, contribui para a atmosfera artificial do filme. A fotografia escura e sombria, os cenários artificiais e os efeitos visuais datados criam um visual que beira o ridículo em alguns momentos. O figurino da Mulher-Gato, apesar de icônico, também é questionável, com o uso excessivo de couro preto e detalhes fetichistas.
Desempenho inconsistente do elenco:
Halle Berry se esforça para dar vida à personagem, mas a inconsistência do roteiro limita seu desempenho. Ela consegue transmitir a fragilidade de Patience e a ferocidade da Mulher-Gato, mas a falta de desenvolvimento da personagem impede que ela crie uma performance memorável. O restante do elenco, incluindo Benjamin Bratt, Sharon Stone e Frances McDormand, está aquém do esperado, entregando performances caricatas e pouco convincentes.
Pontos positivos:
Apesar de suas falhas, Mulher-Gato não é completamente desprovido de qualidades. A trilha sonora de John Frizzell é um ponto positivo, com melodias que contribuem para a atmosfera do filme. As cenas de ação, apesar de limitadas pela tecnologia da época, são bem coreografadas e empolgantes. A performance de Halle Berry, mesmo com suas limitações, possui alguns momentos de destaque.
Conclusão:
Mulher-Gato é um filme de super-heróis falho em diversos aspectos. O roteiro inconsistente, a direção questionável, os efeitos visuais datados e o desenvolvimento superficial dos personagens contribuem para um resultado final decepcionante. Apesar de alguns pontos positivos, como a trilha sonora e as cenas de ação, o filme não consegue se livrar da sensação de artificialidade e falta de originalidade.
Considerações adicionais:
- O filme foi recebido com críticas negativas da maioria dos críticos, que o consideraram um passo atrás para o gênero de super-heróis.
- O fracasso de Mulher-Gato contribuiu para o adiamento de outros filmes solo de personagens femininas da DC Comics, como Mulher Maravilha.
- Apesar das críticas, o filme possui um fã-clube dedicado que o considera um clássico cult.
Recomendação:
Mulher-Gato não é recomendado para fãs de filmes de super-heróis ou para quem busca uma experiência cinematográfica de qualidade. O filme pode ser interessante para aqueles que apreciam filmes “trash” ou que desejam conhecer a história da personagem Mulher-Gato.














































